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Médica Marcella Marinho tira dúvidas, principalmente das mulheres mais jovens, e esclarece tudo o que você precisa saber sobre o DIU

O dispositivo intrauterino (DIU) é um método contraceptivo clássico, seguro, de alta eficácia, longa duração, é facilmente reversível e são essas características que o colocam entre os métodos mais elegíveis para o perfil da mulher moderna.

Contudo, algumas mulheres têm dúvidas e acreditam até em alguns mitos sobre o DIU.

A ginecologista Marcella Marinho esclarece que as principais dúvidas das suas pacientes em consultas são se o DIU é abortivo ou se ele sairá do lugar; e ainda, se dói ou atrapalha a relação.  Bem como, se existem chances de engravidar mesmo com o contraceptivo e se quem nunca engravidou pode usar normalmente.

O que você precisa saber sobre o DIU

  1. DIU não é abortivo. Conforme a médica, a presença dentro do útero causa uma reação inflamatória no endométrio que impede a motilidade dos espermatozoides e, nos dispositivos com hormônios, ocorre também alteração no muco cervical e inibição da ovulação.
  2. Margem de segurança é alta. A ginecologista afirma que a eficácia é uma das mais altas, de 99,2% a 99,8%.
  3. O dispositivo pode ser usado por mulheres que nunca tiveram filhos, mas nesse caso é necessário a paciente passar por uma avaliação antes.
  4. A chance de o organismo expulsar o DIU é de 4% e geralmente ocorre no primeiro mês do uso.
  5. Segundo a médica, o DIU não atrapalha nem deve causar dores na relação sexual.
  6. E se você está preocupada em viajar de avião com o DIU e está preocupada, fique tranquila, segunda a médica Marcella, do dispositivo não aciona o Raio-X do aeroporto.
  7. O dispositivo também não parece em ressonância magnética ou tomografias computadorizadas.
  8. No entanto, atenção, o DIU não é seguro na prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). “Usuárias de DIU, assim como todas as mulheres sexualmente ativas devem saber que apenas os métodos de barreira protegem contra ISTs”, esclarece a médica.
  9. O DIU será inserido no corpo da mulher de forma prática no consultório, não precisa de internação para isso nem ficar internada.
  10. Sobre a dor, a médica esclarece que a mulher pode sentir um leve desconforto até uma dor tolerável. No entanto, ela avisa que isso pode variar de mulher para mulher.

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O que devemos saber antes de escolher o DIU

A médica Marcella Marinho destaca que na hora da escolha do método contraceptivo, o ginecologista deve pontuar as principais características de cada método e, também, promover espaço aberto para esclarecer as dúvidas.

“Sempre falo para minhas pacientes, ‘a escolha final é sua’, o meu trabalho é orientar sobre as opções que mais se moldam ao perfil para atingir o objetivo contraceptivo e sempre com a autonomia da paciente respeitada”, reforça.

Ajuda profissional na hora da escolha

De acordo com a ginecologista, os dispositivos podem ter hormônios ou serem livres deles, e essa é uma segunda decisão que precisa ser tomada em conjunto no momento da consulta e da avaliação.

“Não existe apenas uma decisão correta, mas conhecendo as características de cada um dos contraceptivos, a escolha fica muito mais fácil”, aponta.

Os dispositivos hormonais podem promover a amenorreia, ou seja, o bloqueio da menstruação, um controle da cólica e do fluxo menstrual. Para promover esse efeito, o dispositivo libera pequenas quantidades de um hormônio sintético dentro da cavidade uterina.

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Reação diferente de cada organismo

É importante que as pacientes saibam que nem todas irão ter a menstruação completamente bloqueada e que, dependendo do metabolismo, esse componente hormonal pode causar efeitos colaterais no corpo como inchaço, acne, sangramentos pequenos e irregulares (escapes) e até diminuição da libido.

Para as mulheres que praticam atividade física, a possibilidade de dificuldade de ganho de massa magra (músculo) deve ser informada.

Os dispositivos sem hormônio, por sua vez, não causam nenhum tipo de bloqueio ou estímulo dos hormônios naturalmente produzidos no corpo. Portanto, não atrapalham o ganho de massa ou a resposta sexual.

Por outro lado, não tratam cólicas ou sangramento. Outro ponto positivo é que os dispositivos sem hormônios são mais baratos.

O que você ainda precisa saber sobre o DIU

“Eu particularmente fico muito satisfeita com a proposta do DIU de cobre com prata, que já não é mais tão novidade assim, por causa da pouquíssima alteração no fluxo menstrual ou cólicas que o DIU de cobre puro pode causar”, detalha.

A médica informa que o DIU de cobre com prata é facilmente inserido durante uma consulta.

“Na minha prática, realizamos um preparo com analgésico oral e local, bem como um teste de tolerância à dor. Guiamos o procedimento pelo ultrassom e em menos de 30 minutos, a paciente termina o procedimento sem necessidade de parar suas atividades para uma internação”, relata.

Sobre Marcella Marinho

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A médica Marcella Marinho é especialista em ginecologia e obstetrícia pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

É pós-graduada em Laparoscopia e Histeroscopia pelo Hospital do Servidor Estadual (IAMSPE), em Sexualidade Humana pela USP, em Ciências da Longevidade Humana – Grupo Longevidade Saudável e pós-graduada em Nutrologia pela Instituto Israelita de ensino e pesquisa Albert Einstein.

Ela realiza acompanhamento preventivo de mulheres em todas as fases da vida, da adolescência até a menopausa, e prioriza o atendimento integral, com práticas de promoção de saúde, suplementação nutricional, emagrecimento, equilíbrio hormonal e qualidade de vida.

Como obstetra, dedica-se em estar junto a gestante para acompanhar a evolução da gestação e do trabalho de parto. Para mais informações, acesse o perfil do Instagram @dramarcellamarinho, por e-mail dra.marcellamarinho@gmail.com ou pelo telefone (11) 93429-0805.