Alertas sobre a limpeza da cozinha que precisa saber. São dicas do Dr. Bactéria que também fala sobre os mitos e verdades sobre nossos hábitos
O biomédico Roberto Figueiredo ficou conhecido como Dr. Bactéria ao participar do quadro “Tá limpo” que foi exibido há alguns anos no programa Fantástico, da Rede Globo.
Aqui neste post, ele explica que pequenas mudanças de hábito e atenção a algumas coisas que fizemos na limpeza da cozinha.
Quando pensamos em bactérias, o primeiro local que imaginamos em uma casa é o banheiro, mas não existe local que é mais limpo que o banheiro, constantemente estamos limpando e usando desinfetantes.
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O local mais contaminado em uma casa é a cozinha, pois é neste local que recebemos hortaliças, carnes, caixas e embalagens vindas de super mercados e feiras livres, que trazem consigo vários microrganismos provenientes de adubos, terra, granjas e matadouros.
Confira 6 alertas sobre a limpeza da cozinha do Dr. Bactéria
1) Esponja de pia
O local mais contaminado dentro de uma cozinha é uma esponja de louça, porque nela encontramos água (alimento e esconderijo), isto é, tudo que o germe pediu nos seus sonhos para se estabelecer e procriar à vontade.
Entenda: apenas 1 ml de líquido que sai de uma esponja torcida contém 10 milhões de bactérias, sabia?
Se uma esponja for mantida úmida, o número de microrganismos vivos não diminui por 2 semanas. As bactérias podem sobreviver por pelo menos 2 dias em uma esponja seca no ar.
O máximo de tempo que uma esponja deveria estar presente em sua cozinha é de uma semana, isto é, sendo desinfetada diariamente com esse passo a passo:
O que fazer com esponja todas as noites
- Lavar a esponja e enxaguar bem.
- Imergir em uma solução de 2 colheres de sopa de água sanitária por 1 litro de água por 5 minutos.
- Torcer e manter em um local seco, nunca sobre o sabão.
2) Pano de louça
O costume de usar panos de algodão para secar louças e outros utensílios pode representar perigos de contaminação chamada “cruzada”.
Isso significa que bactérias presentes em carnes cruas ou hortaliças podem ser transportadas para utensílios limpos e irem parar nos alimentos prontos.
Portanto, um paninho de louça deve ser trocado (colocado para lavar) assim que estiver úmido, nunca deve ser deixado para secar sobre a pia, fogão, escorredor de pratos ou atrás da geladeira.
Um pano úmido contém cerca de 1 milhão de bactérias a mais do que o tampo de vaso sanitário de um banheiro.
Dica: Podemos usar também panos descartáveis ou toalhas de papel.
3) Tábuas de corte e alerta para limpeza na cozinha
Sem dúvida nenhuma, as placas de corte plásticas são mais fáceis de higienizar do que as tábuas de madeira. Aliás, não existe um modo adequado para lavar e desinfetar as de madeira, por isso, elas estão sendo totalmente contraindicadas.
Todos os utensílios de cozinha existentes de madeira já existem na forma de plástico, ok?
Estudos recentes demonstraram que microrganismos se fixam em superfícies de madeira, sendo difíceis de se desalojar por meio do enxague.
Uma vez fixadas, as bactérias sobrevivem em uma fase dormente, por longos períodos de tempo.
Na próxima vez que esta tábua for usada, estas bactérias podem contaminar outros alimentos, causando potencialmente, DVAs (Doenças Veiculadas por Alimentos).
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Os microrganismos presentes em tábuas plásticas são facilmente eliminados por intermédio de lavagens.
No entanto, não podemos esquecer que as placas de plástico não são “hereditárias”, isto é, não passam de pai para filho.
Além disso, quando elas estiverem muito riscadas, cortadas, com a coloração modificada (amareladas ou esverdeadas) devem ser substituídas.
Para higienizar as placas de plástico. Anote:
- Lavar com água e detergente, não use palha de aço ou abrasivos, pois riscam a placa.
- Enxaguar bem.
- Inundar a placa com uma solução de 2 colheres de sopa de água sanitária mais 1 litro e água por 5 a 10 minutos.
- Deixar escorrer. Não é necessário enxaguar.
4) Lixeirinhas de pia e alerta para limpeza na cozinha
Dr. Bactéria acredita que quem inventou a lixeirinha de pia deve ser alguém participante de alguma sociedade protetora de bactérias patogênicas (que causam doenças).
Pois, seria a mesma coisa que você cozinhasse ao lado do lixo. O recipiente de lixo deve estar no chão, com um saco próprio trocado diariamente, com abertura por pedal e limpo, pelo menos uma vez ao dia.
Estes recipientes podem atrair pragas e vetores como formigas, baratas, moscas entre outros.
5) Alimentos quentes na geladeira
Um grande mito existente é que: não podemos colocar alimentos quentes na geladeira, pois estraga geladeira.
Quem nos falou isso foi nossa mãe e quem falou para ela foi a mãe dela e parou por aí, pois na época de nossa Bisavó não existia geladeira. Realmente, é um mito.
Os alimentos quentes não estragam geladeira, o que acontece é que pode haver um maior consumo de energia, mas nada drástico.
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Trata-se de risco/benefício, Dr. Bactéria, por exemplo, prefere gastar um pouco mais de energia, que não é tanto assim, do que colocar em risco a saúde.
Deixar por um máximo de 2 horas a comida em temperatura ambiente, no máximo mesmo, e refrigere quente, se possível.
A geladeira funciona como uma fábrica de vento gelado e a função deste vento é roubar o calor dos alimentos. Coloque descoberto e, após 2 horas, aí sim, tampe.
6) Ovos não devem ser colocados na porta da geladeira
Os ovos são perecíveis e deveriam ser vendidos sob refrigeração. Sendo vendidos erradamente a temperatura ambiente, pelo menos nós devemos fazer a coisa certa, devemos colocar na geladeira, nunca na porta, pois neste local existe uma grande variação de temperatura, todos abrem demasiadamente a porta destas geladeiras.
Porta é local somente para alimentos de baixa perecibilidade, como catchup, mostarda, pimenta, vinagre, bebidas. Sim, vinagre também.
Portanto, não é lugar para meio limão, meia batata, meia cenoura, meia cebola, meia…. etc. Como também não é lugar para colas.
