livros com mulheres fortes que vão te inspirar

Confira 6 livros com mulheres fortes que vão te inspirar. Histórias reais ou ficção que retratam cenários tão atuais quanto na época que foram escritos

Romances de época ou histórias de vida nunca saem de moda. Ultimamente estão entre os gêneros mais valorizados e atraem mulheres de todas as idades.

Chamam atenção pelas personagens fortes, descrições de lugares, músicas, sabores, crenças que sempre geram uma boa reflexão.

Nesse momento, estou te convidando para dar um mergulho em histórias de reais ou ficcionais com mulheres fortes que vão te inspirar. São seis dicas de romances, dramas e biografias. Tenho certeza que algum deles vai chamar a sua atenção.

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Histórias que mostram que as lutas femininas por reconhecimento, igualdade e tratamento digno são antigas do que podemos imaginar. Clássicos com protagonistas batalhadoras, questionadoras e inspiradoras.

São obras valem a pena ter na estante e na sua mesa de cabeceira. Ler e reler.

6 livros com mulheres fortes que vão te inspirar

Jane Eyre, de Charlotte Brontë

É um dos meus livros preferidos. O romance da escritora inglesa Charlotte Brontë, publicado em 1847, narra a história de vida da órfã Jane Eyre. Criada pela tia, educada em uma escola rígida e com castigos severos, a protagonista passa longe de ser uma mocinha indefesa.

Muito pelo contrário, aos poucos Brontë construí uma personagem que desafia o destino imposto às mulheres e as posições sociais que elas deveriam ocupar.

O livro é recheado de personagens transformadores e também de debates polêmicos cheios de sarcasmo principalmente sobre a posição que a mulher ocupava.  

Uma curiosidade: Na época da publicação, Charlotte Brontë lançou livro com pseudônimo masculino de Currer Bell.

E o Vento Levou, por Margaret Mitchell

Quem assistiu ao filme lembra bem da mimada filha de fazendeiro Scarlett OHara e deve lembrar também das reviravoltas na vida dela. Entre frases e atitudes fortes, a impetuosa Scarlett mostra todo o egoísmo, o medo, a esperança e a ousadia para formar, com o forasteiro Rhett Butler, um dos mais fascinantes pares românticos da literatura.

A única obra literária de Margaret Mitchell se passa em meio a Guerra Civil americana fala de perdas, conquistas, amores e dissabores. Escrita em 1936, o livro foi adaptado para os cinemas em 1939, transformando-se em um dos maiores clássicos de todos os tempos.

Persuasão, por Jane Austen

Persuasão foi o ultimo romance de jane atuem, escrito em 1816 e publicado em 1818 – um ano apos sua morte.

A trama se passa em um cenário rural do inicio do século xix ao apresentar a historia de um casal separado por suas posições sociais: Anne Elliot (filha de Sir Walter Elliot, um arrogante baronete) e Frederick Wentworth um ambicioso oficial naval, porem sem titulo ou terras.

Persuadida por sua família, Anne se vê impedida de prosseguir com seu relacionamento, afinal a única certeza que esse casamento poderia trazer seria um futuro incerto.

Contraditoriamente, a roda da vida gira e um novo ordenamento social e revelado ao leitor: quem estava no alto e financeiramente rebaixado e quem estava embaixo e socialmente elevado.

Oito anos se passam e Anne Elliot, agora uma solteira não tão jovem, reencontra Frederick Wentworth, um já prestigiado capitão da marinha britânica. Para qual direção a roda da vida levara este inspirador casal?

Comer, amar e rezar, por Elizabeth Gibert

Está se sentindo perdida? Então, é o livro certo para você.

Muitas de vocês já devem ter assistido ao filme com Julia Roberts e devem ter tido uma experiência, que no mínimo, fez refletir. Mas garanto que o livro mexerá muito mais com as suas emoções.

A busca da autora para se sentir feliz e realizada leva você junto a uma jornada de autoconhecimento e muitos questionamentos.

Em um tom bem-humorado, Elizabeth mostra a importância de assumirmos a responsabilidade pela própria felicidade. No melhor, “agarre a sua vida com as unhas”, a obra mostra algumas realidades bem duras.

Dom Casmurro, de Machado de Assis

Cresci lendo Machado de Assis em meio às prateleiras das bibliotecas. Muitos dos personagens ainda são um mistério pra mim. Capitu ou Maria Capitolina Santiago está entre eles. Quem leu lembra dos “olhos de cigana oblíqua e dissimulada” ou “olhos de ressaca”, das insinuações e da mulher avassaladora, complexa, esperta e de personalidade forte.

Machado de Assis mostra Capitu com a imagem da mulher liberal, inteligente, determinada e tomando as próprias decisões.

Mesmo com as dúvidas e os questionamentos se Caputi traiu ou não Bentinho, o marido muito mais velho do que ela, a personagem força uma reflexão sobre o papel da mulher no casamento.

A Casa das Sete Mulheres, Letícia Wierzchowski

Quem não lembra da série da Rede Globo “A Casa das Sete Mulheres”? Muita gente lembra, mas o que poucas sabe, é que a série é baseada em um livro de uma escritora gaúcha.

Letícia Wierzchowski narra a saga mulheres confinadas na solidão dos pampas gaúchos durante a Revolução Farroupilha (1835-1845).

O líder do movimento, general Bento Gonçalves da Silva, isolou as mulheres da família em uma estância afastada das áreas em conflito, com o propósito de protegê-las.

A guerra que deveria ser curta virou uma longa batalha e a vida das sete mulheres passou por muitas provações e transformações.

O livro descreve os conflitos, medos, desilusões, aventuras e desafios. Detalha em meio a romances e decepções dias de amargura pelo abandono e também de intensidade dos poucos momentos de alegria.