Depiladora que vendia suas roupas em brechó fatura mais de 10 milhões em 2022

Poliana abriu mão de um sonho para se tornar uma empresária de sucesso. A depiladora que vendia roupas em brechó, faturou mais de R$ 1 milhão

O mercado de beleza e estética é conhecida por ser um mercado sazonal devido as altas e baixas no setor, no entanto, a depilação é uma ramificação desse mercado que se destaca quando o assunto é se manter em linha reta de sucesso, afinal, os brasileiros (mulheres na maioria) possuem a eliminação do pelos indesejados em sua rotina.

Foi pensando nisso que a empresária Poliana Sicchieri largou o sonho de se tornar uma cabeleireira bem-sucedida, para se tornar uma empresária de sucesso, com a criação de uma cera própria patenteada, com produtos fitoterápicos que amenizam a dor em até 80% e exclusiva no Brasil, que fez com que ela saísse da vida simples e somasse R$ 1 milhão em vendas em único ano, em apenas um salão.

A Cera Marroquina nasceu a partir de um sonho do falecido marido dela, Cidis Souza. Os dois desenvolveram o produto, que é inovador no País, podendo diminuir 80% da dor, feita com cacau alcalino, hidratando a pele etc. Hoje eles distribuem o produto em todo o Brasil e exportam para o  Estados Unidos, França, Espanha, Itália, Reino Unido, Portugal, Turquia e Japão.

“Um dia ele me acordou as 2 horas da manhã e disse ‘Poli, o que a mulher mais gosta?’. Ele se levantou da cama, foi lá, mexeu nas coisas e assim criou a ‘cera de chocolate”, relembra Poliana.

Além de gerenciar a empresa e outros dois salões de beleza, também ajuda depiladoras a conquistar a prosperidade financeira revendendo o produto para todo o Brasil e no exterior.

Vendia roupas próprias para comprar comida

Antes de prosperar e de desenvolver uma marca de cosmético, Poliana Sicchieri passou por algumas dificuldades em sua vida, quando criança e adolescente.

“Eu saí da casa da minha mãe e fui morar com meu pai em Batatais/SP. Alguns meses depois, meu pai tinha uma casinha bem simples e precária em um bairro mais afastado na cidade, e lá fomos morar eu e esse namorado. Essa foi a pior, mas também a melhor fase da minha vida. Foi ali que eu aprendi a crescer”, relembra a depiladora.

E já teve até que mentir sobre alguns informações para conseguir um emprego em uma loja de um shopping em Ribeirão Preto.

“Na época, eu recebia R$ 160, mas como precisei dizer que morava em Ribeirão Preto para conseguir a vaga e eles só me pagavam o vale-transporte da cidade, eu ainda tinha de desembolsar mais R$ 100 por mês para me locomover de Batatais a Ribeirão, ou seja, sempre faltava dinheiro para as coisas. Alguns meses eu pegava duas ou três peças de roupas, que eu já tinha muito pouco, para vender em um brechó e conseguir o dinheiro para fazer uma refeição por dia, até o próximo pagamento cair”, conta Poliana.

Foi demitida, pois seu chefe disse que não fazia sentido deixá-la ali, porque ela tinha potencial e ficar ali não iria acarretar em nada na vida dela.

“Essa foi a demissão mais dolorosa e mais importante da minha vida. Minha única condição era não voltar para casa da minha mãe, mas eu não consegui… precisei ligar e dizer que não sabia o que fazer”, lembra a empresária.

::: Acompanhe essa história >>> Parceria entre mãe e filha vira negócio milionário

De cabeleireira a empresária milionária

Foi no ano de 2000 que Poliana já havia feito um curso de cabelereira, afinal, esse era o sonho dela, quando ligou para mãe, ouviu que um amigo poderia ajudá-la, afinal, ele era dono de um salão “muito badalado”, até então.

“Minha mãe me levou para o salão do Cidis [falecido marido], na época eu tinha 17 anos. Ela disse a ele que eu iria trabalhar ali, mas ele estava falido, não tinha nenhum cliente para atender. Eu tinha três meses de seguro-desemprego e minha mãe disse que eu trabalharia de graça e, depois desse período, ela iria me ajudar a abrir um negócio para mim, eu topei e foi assim que comecei a ganhar experiência e a conviver com o Cidis”, explica Poliana, que logo se apaixonou pelo mentor de vida (como a mesma diz) e decidiu ajudá-lo a recuperar a fama e clientes que já tinha tido.

::: Veja essa história também >>> Empresária inova para superar os efeitos da pandemia

“Eu abandonei a escola, não fazia sentido eu perder quatro horas da minha vida sendo que eu podia estar escrevendo cartas para enviar e captar clientes. Eu panfletava todos os dias, até apareceram algumas pessoas, mas nada que nos ajudasse naquele momento”, conta Poliana.

Ela lembra que estava atendendo uma dessas poucas clientes e teve energia cortada, não podendo finalizar o serviço e deixando a mulher ir embora sem nenhum procedimento, momento em que percebeu que precisa fazer algo para mudar de vida.

Como abriu mão de um sonho para se tornar uma empresária de sucesso

Segundo a fundadora da Cera Marroquina, “depois desse episódio, foi aí que eu e o Cidis nos sentamos, batemos as mãos na mesa e dissemos basta. Eu comecei a vasculhar a vida do Cidis e encontrei uma agenda de uma equipe de depilação que havia trabalhado com ele e que fabricava a própria cera de mel e ela era lotada”.

Foi nesse momento que Poliana e Cidis enxergaram a oportunidade e investiram todos os esforços nessa área.

“Uma cliente foi, gostou da cera e indicou para outras pessoas. Em três meses a minha agenda estava lotada, não estávamos dando conta de tanta gente, precisamos contratar pessoas”, relembra a empresária, que após anos de muito trabalho e dedicação, construiu um império a partir da depilação com cera.          

Sobre a Cera Marroquina

A Cera Marroquina é uma empresa com mais de 23 anos no mercado de Estética e Beleza e nasceu com o propósito de transformar a área da beleza através da  depilação com a Cera Marroquina.

Fundada por Cidis Souza e Poliana Sicchieri, hoje a empresa vende seus produtos para todo o Brasil e exporta para grandes países, como Estados Unidos, França, Espanha, Italia, Reino Unido, Portugal, Turquia e Japão. Localizada em Ribeirão Preto, seus produtos são 100% naturais e utilizam como base puro cacau alcalino, própolis e cera de abelha.