A família é o porto seguro de Stefanie Zerbinati de Oliveira. Ela descobriu um câncer durante a gravidez da filha mais nova. Enfrentou a doença e hoje celebra a vida todos os dias

“Sou apaixonada pela vida. Adoro estar perto dos amigos e família. Me dedico ao máximo às coisas que gosto. Adoro aprender e me desafiar”. Assim se define Stefanie Zerbinati de Oliveira, a Ste, de 37 anos. Profissional de educação física e especialista na área da saúde e fitness, atua com ginástica e pilates com clientes de todas as idades.

“Procuro equilibrar minhas tarefas com a vida de mãe, esposa e mulher”, explica ela que é mãe de dois filhos: Kauan, de 11 anos, e Alessandra, de 8 anos.

Para Stefanie, o primeiro ponto de virada na vida foi justamente se tornar mãe pela primeira vez. “Nossa visão muda quando outro ser depende da gente”, comenta.

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A segunda gestação foi outro ponto de virada na vida da Stefanie, mas com um desafio ainda maior: “Tive o diagnóstico de câncer (linfoma de Hodkins). Estava de 4 meses de gestação da minha pequena. Ali precisei parar totalmente minhas atividades de trabalho e me dedicar a me cuidar para minha filha nascer com saúde. Por eles a gente faz tudo desde o ventre. Superei o tratamento e hoje estou há 7 anos em remissão”.

Importância da família

Stefanie considera a família a principal fortaleza e, ao relembrar toda essa situação que viveu, aproveita para refletir sobre a maternidade.

“Eu penso que é na maternidade que a gente se descobre mais, quando a gente percebe quanto de responsabilidade precisamos ter para guiar outra vida. A descoberta do verdadeiro amor. Mas que vem com muitos outros sentimentos. Às vezes culpa, a gente acaba se cobrando muito esperando perfeição. Ninguém é perfeito. Não precisamos nos sentir culpadas por querer ter a vida de esposa e a vida de mulher ao mesmo tempo. Só é preciso entender que é possível ser todas as suas faces. Sem remorso.”

Stefanie aprendeu a se reinventar

Na área profissional, a professora de ginástica e pilates – que sempre trabalhou presencialmente com os clientes – precisou se redescobrir durante a pandemia.

Aprendeu a gravar e editar vídeos, fazer live para os alunos, aula online… Tudo para manter e divulgar o trabalho. Essa ressignificação a fortaleceu ainda mais e reforçou o propósito que ela faz questão de compartilhar com outras mulheres, que também estão em busca de um “norte” e não sabem por onde começar.

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“Que elas olhem pra dentro de si, avaliem o que move elas. O que provoca um sorriso no rosto, por mais desafiador que seja, sigam em frente. Gente, experimente! A gente só tem certeza do caminho quando começa a seguir por ele. Se for preciso voltar atrás para olhar melhor, faça. Nunca se arrependa do que você tentou fazer. Busque sempre sua melhor versão e aprender com cada obstáculo”, finaliza Stefanie.