1ª Tenente Fernanda Corrêa Reck, que atua no Batalhão de Itajaí, é a primeira oficial bombeira militar habilitada como piloto de avião multimotor
Há uma década servindo no Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, a tenente Fernanda Corrêa Reck, sempre soube que o trabalho com aeronaves seria desafiador, mas seu interesse só aumentava com o tempo. Em abril de 2022, deu o primeiro passo rumo a essa paixão e, hoje, ela é a primeira oficial bombeira militar, habilitada como piloto de avião multimotor.
“Por estar mais envolvida com essa atividade, comecei a ficar curiosa sobre todos os aspectos relacionados à aviação. Depois de comentar com amigos, fui encorajada por eles e por alguns familiares a fazer um voo experimental. Acabei me matriculando no curso”, conta ela.
Com o apoio dos meus superiores, ela começou a pilotar aeronaves multimotor no Batalhão de Operações Aéreas (BOA) em 14 de agosto de 2023, como parte do programa de treinamento interno do batalhão.
“Minha maior dificuldade foi conciliar as viagens para Florianópolis, onde fazia as horas de voo, com o trabalho e minha rotina em outra cidade, que não podia ser interrompida”, acrescenta.
Para ser a primeria piloto, Fernanda deu um passo de casa vez
Fernanda completou o curso inicial de piloto privado (PP) por conta própria e, para pilotar o avião Carajá, que é multimotor, passou por outra qualificação sob a orientação dos capitães Fábio Fraga e Álvaro Luiz Bilher Júnior, ambos do BOA.
Por ser uma Unidade Aérea Pública (UAP) operada por aviões multimotores, ela teve que cumprir as exigências do Regulamento Brasileiro de Aviação Civil (RBAC) número 61, que trata de licenças, habilitações e certificados para pilotos, para receber a habilitação de avião multimotor terrestre.
“Estou muito orgulhosa de ser a primeira mulher a pilotar um avião de uma UAP militar em Santa Catarina, uma área tradicionalmente masculina. Muitas mulheres abriram caminho ao longo dos anos, permitindo que chegássemos até aqui”, conta ela.
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O que espera por Fernanda
Após completar os treinamentos regulamentares, Fernanda concluiu a fase inicial para pilotar aeronaves de Asa Fixa.
“Meu desejo é continuar me aprimorando nos estudos para poder contribuir ainda mais nas atividades e escalas do BOA”, enfatiza.
Agora, ela espera inspirar outras mulheres que desejam seguir na aviação, incentivando-as a manterem foco e dedicação para alcançar seus objetivos.
“O caminho pode não ser fácil, mas é extremamente gratificante”, destaca a tenente.
O trabalho com os aviões do Batalhão de Operações Aéreas
Embora o BOA tenha iniciado suas atividades em 2010 utilizando helicópteros, somente em 2014 as operações com aviões começaram, com o uso de uma aeronave monomotor, o Cessna 210N. Em 2016, outro Cessna, modelo 206H, foi incorporado às operações.
Em parceria com o SAMU, a Secretaria de Estado da Saúde e a SC Transplantes, são realizados transportes aeromédicos, de órgãos, vacinas, equipes de apoio, entre outras demandas.