Sete entre 10 mulheres relatam sobrecarga causada pelo excesso de trabalho. Muitas delas enfrentam ao mesmo tempo, sintomas do climatério e menopausa

É natural que, em média, por volta dos 45 anos de idade, a mulher comece a apresentar os primeiros sintomas da menopausa, além disso, elas apresentam maior suscetibilidade a transtornos psiquiátricos como depressão, ansiedade generalizada, transtorno de estresse pós-traumático e Síndrome de Burnout.

Indisposição ou excesso de cansaço físico e mental, alterações no humor e apetite, insônia e isolamento são alguns dos sintomas que podem causar confusão no diagnóstico. É o que alerta Beatriz Tupinambá, médica ginecologista especialista em menopausa.

“É psicológico ou físico? Menopausa ou Burnout?”  Muitas mulheres de meia idade (40-50 anos) ficam em dúvida sobre que profissional procurar quando são surpreendidas por esses sintomas e as opções de diagnóstico.

Para a especialista, o Burnout tornou-se um dos riscos ocupacionais psicossociais mais importantes na sociedade atual, custos significativos tanto para os pessoas, organizações e sociedade de forma geral.

O diagnóstico e tratamento da Síndrome de Burnout é feito por um psicólogo, que ajuda o paciente a desenvolver estratégias que aliviam o estresse e a pressão constante. Em algumas situações, a intervenção de um psiquiatra e o uso de antidepressivos também é recomendado.

Ela lembra que o tratamento da menopausa é feito por um ginecologista. E é necessário ter a sensibilidade que os sintomas não são estáticos e evoluem ao longo do tempo e de acordo com os estímulos.

“À medida que as mulheres ajustam suas rotinas e métodos para viver a menopausa, os resultados mudam positiva ou negativamente”.

O que ajuda a aliviar os sintomas:

  • Acompanhamento médico e psicológico especializado é importante a prática de exercícios físicos, alimentação saudável, atividades de relaxamento, apoio social e familiar para que essa fase seja vivida da forma mais confortável possível.
  • Em muitos casos, por conta de toda a mudança a que são submetidas, muitas mulheres recorrem ao consumo excessivo de álcool, nicotina e adotam o isolamento social, provocando assim, maiores e mais evidentes consequências psicológicas negativas durante esse período.

Para uma vida melhor

Para Beatriz Tupinambá, com conhecimento e assistência profissional adequada, a menopausa pode sim ser a melhor fase da vida da mulher.

Nas publicações, cursos e lives nas redes sociais delas que somam mais de 400 mil seguidores, cita vantagens como o fim dos ciclos menstruais, TPM, preocupação com período fértil, maior tempo de autocuidado, maturidade e homônimos administrados como algumas das vantagens.

“A gente precisa trabalhar também o psicológico. Olhar a menopausa por outro ângulo e perceber que sim, a menopausa pode ser a melhor fase que podemos viver”, finaliza a ginecologista.