Conheça a história de Renata Ferrari, a contadora do interior de SC que encontrou na corrida não só um escape do estresse, mas uma fonte de força para transformar a vida.

Renata Ferrari, aos 40 anos, é mais do que uma contadora experiente; é uma mulher determinada, apaixonada por desafios e em busca constante de superação. A trajetória dela é marcada por uma revolução pessoal que começou nas pistas de corrida e se estendeu por todos os aspectos de vida.

A garota do interior que nunca se identificou com o convencional mergulhou na contabilidade aos 16 anos. Amante de atividades físicas, sua jornada a levou da paixão por bicicletas e futebol até a descoberta de um amor profundo pelas corridas de rua.

“Comecei a correr para aliviar o estresse do trabalho e acabei me apaixonando”, revela Renata, que destaca que determinação, foco, disciplina e confiança a mantêm firme nos propósitos.

“Sou aquela pessoa que coloca no papel metas todos os anos e foco em uma ou duas para realizar mesmo”, conta.

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Em 2016, um diagnóstico de câncer de colo de útero se tornou a “virada de chave” na vida de Renata. Com dois trabalhos e um filho pequeno, ela reviu as prioridades, optando por trabalhar menos e dedicar-se à qualidade de vida da família.

“A partir disso, busquei também minha independência financeira. Era funcionária e queria ter meu negócio próprio. Algo que realizei em 2021 quando coloquei meu escritório de contabilidade.”

Os desafios da maternidade sem romantismo

Ser mãe, profissional e realizar todos os papéis que a sociedade impõe foi um dos maiores desafios de Renata.

“Querer ser a ‘Mulher Maravilha’ e dar conta de tudo é desafiador. O papel de mãe muitas vezes ficou em segundo plano, mas sempre buscamos fazer o melhor”, confessa a empreendedora, casada, com um filho e moradora de Seara, região Oeste de Santa Catarina.

A transformação de Renata e os primeiros passos

O início de sua jornada de transformação foi marcado pela necessidade de perder peso. Enfrentando a obesidade, começou a correr em 2017, mas precisou parar para dedicar-se mais à maternidade.

“Retornei no final de 2022, concentrei meu foco nisso, perdi mais de 20 quilos. Não foi fácil, mas era uma disputa minha comigo mesma”, destaca. Ela lembra que não gostava nem de bater fotos, não estava feliz comigo.

“Chorei muito no processo, não foi fácil, mas voltei a me amar, a conseguir me olhar no espelho.”

A participação em provas, como a Serra do Rio do Rastro (em São Joaquim) e a São Silvestre (São Paulo), evidencia o comprometimento. É isso mesmo, Renata se impôs o desafio e neste ano participa da mais tradicional corrida de rua do Brasil, a São Silvestre.

“Não sou a melhor corredora e nem a mais veloz, mas estou feliz e realizada por estar me permitindo fazer isso. Me traz satisfação e realização. Procuro melhorar um pouco por dia e comemoro até as pequenas conquistas.”

Foco é no envelhecimento com saúde

O ‘Projeto 40’ de Renata, iniciado em 2023, é o foco principal para envelhecer com saúde. Para ela, a corrida se tornou um estilo de vida, onde alimentação e qualidade de sono têm lugar prioritário.

Ao ser questionada sobre as habilidades essenciais para o sucesso, Renata destaca a disciplina como fundamental.

“Cada um se adapta da melhor maneira possível, mas sem disciplina, não se chega a lugar nenhum.”

A pressão e o estresse do dia a dia encontram alívio nos quilômetros percorridos por Renata.

“Minha maneira de lidar com o estresse é correr. Libero endorfina para ficar tranquila e enfrentar o dia a dia”, compartilha.

Sobre o futuro, Renata deixa uma mensagem inspiradora para outras mulheres: “Não me acho melhor do que ninguém, mas acredito que as mulheres precisam de vida própria. Ter um objetivo nos mantém em movimento. Para começar, precisa dar o primeiro passo, sair da zona de conforto e ir em busca.”

A história de Renata Ferrari não é apenas sobre corridas e conquistas pessoais; é sobre uma mulher que, ao enfrentar desafios, encontrou na corrida não apenas um esporte, mas uma fonte de força para transformar sua vida e inspirar outras mulheres a trilharem seus próprios caminhos de superação.