Cassiá Piucco hoje é uma mulher que descobriu a verdadeira identidade quando teve coragem e olhar para suas dores.
Aos 50 anos, Cassiá Piucco renasceu. Além da mudança no estilo de vida, veio também a mudança no nome. Deixou para trás a “sobrevivente” Cássia para abrir espaço para a nova e determinada Cassiá. Uma pequena mudança no acento do nome que trouxe uma profunda transformação.
A mãe de Luiz Gustavo (19 anos) e Ana Rosa (16 anos) é administradora de formação, professora de paixão e terapeuta de coração.
Nesta nova fase, Cassiá ajuda as pessoas como mentora de negócios e soluções sistêmicas. Ela também é facilitadora de constelações familiar e de negócios.
Nesta entrevista, ela fala sobre mudança, transformação e como ajuda as pessoas buscarem inspiração para suas vidas e seus negócios
Quem era a Cássia e quem é a Cassiá?
Cassiá Piucco, é uma nova mulher, uma mulher que se reconcilia com seu passado, pois passou a olhar para sua trajetória como um grande presente da vida. Uma mulher que acredita nos princípios da Humanidade e sobretudo em Deus todo poderoso.
Uma mulher que descobriu sua verdadeira identidade quando teve coragem e olhar para suas dores. Está aprendendo a se posicionar, manifestando seus entendimentos de forma firme e amorosa, sem ter receio de não ser aceita pelas pessoas. Isso eu chamo de autenticidade.
Uma mulher com falhas e defeitos, que aprendeu a contemplar o nascer e o pôr do sol, a cultivar flores e entender seu tempo de crescimento.
Cássia Piuco, nome de batismo, era alegre em sua infância, depois se tornou uma mulher triste, aguerrida, batalhadora, com forte senso de justiça, com uma energia masculina forte, pois a vida conduziu à sobrevivência por mim mesma muito cedo.
Sentia falta da família, mas seguiu buscando construir uma perspectiva profissional que fosse diferente das condições difíceis da família. Se tornou forte, porém mais rígida, exigente e menos amorosa. Como se tivesse ocultado o que era e o que no fundo queria ser.
Hoje, sou uma mulher que encontrou nos conhecimentos sistêmicos um estilo de vida e na espiritualidade um entendimento para coisas incompreensíveis.
Por isso, me tornei uma Terapeuta Sistêmica, desenvolvendo um método que contempla os conhecimentos na área de negócios, com os princípios sistêmicos e entrego soluções para pessoas e organizações.
Contribuo com as pessoas para desenvolver sua identidade (em sua essência) uma postura que ativa os recursos internos e os usa todas as áreas de sua vida, saúde, relacionamentos e, em especial na profissão e negócios, isso agrega valor não só em sua vida, de sua família, como de todos que se beneficiam seu trabalho.
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Porquê da mudança de nome?
A mudança de nome dá-se a partir de uma análise numerologica, depois de um longo (quase três décadas) e profundo processo de autoconhecimento. A mudança fortalece a transição de ciclos difíceis e absorve a forma da escrita do sobrenome, em sua origem. Uma forma de honrar todos que vieram antes, pois, através deles recebi a vida.
Essa mudança ocorre num momento muito especial de minha vida, um novo ciclo, ao completar 50 anos e, com a decisão de empreender, com o propósito de agregar valor à vida das pessoas e organizações. Foi como se houvesse um renascimento, uma forma de conectar-se à minha essência, do que era na infância, com o que recebi da ancestralidade e a trajetória de vida, todas as experiências profissionais, as dores e os prazeres integrados num propósito de vida.
O caminho que trilhei se tornou o meu lastro, a minha referência. Neste lugar me sinto forte, pois ele tem sentido e significados.
Qual foi o ponto de maior virada na sua vida?
Quando eu fiz a primeira constelação familiar, estava em um momento muito difícil, buscava uma resposta. Isso despertou em mim um novo entendimento sobre a vida, uma nova consciência que vai muito além do nosso cotidiano, do ir e vir, da busca pela sobrevivência.
Me conduziu a compreensão de muitas coisas até então incompreensíveis. Muitas coisas passaram a fazer sentido. Foi um grande divisor de águas, pois me conduziu ao encontro comigo mesma, a quem sou e do que sou capaz.
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Quais foram os maiores desafios na carreira e na vida pessoal?
Um desafio muito significativo foi o afastamento dos pais aos 12 anos, em decorrência de uma falência nos negócios. Foi um momento onde os filhos preparados ou não, precisaram partir para a sobrevivência. Isso teve muitos impactos em nossas vidas, nos afastou e ao mesmo tempo nos uniu.
Sentia muita falta dos pais, da presença, do carinho, da alegria e da afetividade. Hoje isso faz parte de quem sou, de quem me tornei. Esse desfaio me leva ao mercado de trabalho.
A escolha do curso superior a seguir, qual percurso profissional percorrer, onde eu posso utilizar melhor os meus recursos e ainda assim me identificar, gostar, fazer diferente, ser a diferença. Essas eram os questionamentos que me acompanharam por muitos anos.
As decisões de permanecer ou não em determinados espaços de trabalho. A busca por algo que realmente fizesse sentido para mim, que estivesse ligado a um propósito maior. As rupturas de contrato de trabalho, a decisão de abrir mão do serviço público efetivo para trabalhar com educação profissional e ensino superior.
Cada um desses desafios me conduziram a decisão de empreender na área do conhecimento. O conhecimento que constrói sentidos e significados na vida das pessoas. O conhecimento que pode ser colocado em prática e se transforma em sabedoria. O conhecimento para a vida.
Os desafios pessoal e profissional estão intimamente ligados, se entrelaçam e se complementam.
Entendo que “nascemos seres humanos e nos tornamos seres profissionais ao longo de nossa trajetória”. Como dizer a qual pertence, aprender a lidar com as emoções, falar em público, posicionar as ideias e defendê-las, trabalhar em equipe, equilibrar maternidade a profissão.
Hoje, vejo que não precisamos escolher um em detrimento ao outro. O que nos torna humanos é lidar com a humanidade.
O que te inspira a viver e trabalhar com pessoas?
Descobrir que muitas vezes uma fala, uma pergunta, pode levar as pessoas a um entendimento (trazer para a consciência) de algo que faz muito sentido e tem um forte significado em sua vida. Isso possibilita mudanças, uma nova atitude, uma decisão, um novo projeto, acessar outras possibilidades.
O conhecimento é um meio, o fim é o resultado que ele proporciona às pessoas. Isso não tem preço e sim valor.
Essa compreensão foi se apresentando ao longo dos anos em sala de aula com educação profissionalizante e ensino superior e hoje, vejo isso nos mentorados.
As pessoas estão em busca de conhecimento para aplicar na sua profissão, encontrar um trabalho, se qualificar, ser promovido, melhorar de vida, fazer transição de carreira, empreender, quando no fundo no fundo, o ser humano busca conhecer-se.
Importância da família e amigos?
A família representa o início e a continuidade. Sempre fui muito apegada família, confesso que sofria por estar distante fisicamente. É na família que encontramos nossa força, é nossa fonte, de onde viemos e de onde sempre podemos beber. Dela e nela também nos alimentamos. Dela recebemos o bem mais precioso, nossa vida!
Os amigos, estes, são verdadeiros irmãos de alma, alguns são mestres outros aprendizes. Alguns ficam por muito e outros por pouco tempo conosco, mas o tempo que ficam é suficiente para serem lembrados, pois permanecem em nossa memória, em nossas lembranças.
Que situação “negativa” contribuiu para a sua vida “positivamente”?
Uma ruptura de um contrato de trabalho. Uma decisão que estava protelando a um bom tempo. Era o que faltava para colocar em prática os planos de empreender.
O que você diria para as mulheres que estão buscando um norte, um propósito e não sabem por onde começar?
Comece pelo começo, procure saber: quem você realmente é? A nossa maior riqueza está em nós mesmos, dentro de nós. Essa é a grande beleza da vida. Somos como os diamantes, eles estão escondidos dentro de uma pedra bruta, para encontra-lo é preciso romper algumas barreiras.
Se souber responder esta pergunta, meio caminho andando. O conhecimento nos liberta de nós mesmos, nos conduz à aquilo que não sabemos (ignoramos) e nos coloca em outro nível de consciência. Isso é disruptivo.
Vou contar um segrego que descobri: “O propósito, está ligado à nossa essência”, é por isso que ele é tão importante, ele é único, é especial, é a nossa melhor entrega, porque amamos isso.
O outro segredo é: “escondido em nossas dores (pedra bruta) encontra-se nosso propósito. É preciso ter coragem, para olhar. Não basta aceitar, é preciso se reconciliar. Isso se dá quando entendemos que tudo na vida tem um porquê.
Mas como Cassiá Piucco você descobriu esses segredos?
Olhando para minhas dores, buscando encontrar algo que estava escondido dentro de mim, o amor. O amor sempre é maior do que a dor.
Para você que se identificou com essa história, ou ficou curioso para saber mais, ou quer compartilhar algo entre em contato pelo @cassiapiucco ou pelo whatsApp 49 99186-6647.