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Como ser mãe sem deixar a carreira de lado? Loyanna Menezes é advogada, mãe de dois pré-adolescentes e está à espera do terceiro filho. Ela encara o desafio de conciliar a maternidade e o trabalho

As mulheres têm uma probabilidade 50% maior que os homens de dedicarem, pelo menos, três horas diárias às tarefas do lar e aos cuidados dos filhos.

Isso equivale a 20 horas por semana ― ou exatamente meia jornada de trabalho, segundo a análise feita pela consultoria McKinsey e a Fundação Lean In (EUA), em outubro passado.

A pressão da vida nos parâmetros do “novo normal”, ou seja, home office e isolamento social, é ainda mais intensa para as mães que ocupam cargos executivos ou de média gerência.

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Ainda de acordo com a pesquisa, as mulheres disseram que outro medo que as assombra é culpa por não alcançar um bom desempenho ou, ainda, serem julgadas negativamente no trabalho por culpa das responsabilidades em casa (24% delas reconheceram isso, contra 11% dos homens).

Loyanna explica como ser mãe sem deixar de lado a carreira

Loyanna Menezes é advogada atuante e sabe muito bem o que é essa realidade. Mãe de um casal de pré-adolescentes, está à espera do terceiro filho.

Maternidade e responsabilidade chegaram cedo para ela. Aos 25 anos, Loyanna já tinha os dois filhos e construía sua carreira.

Hoje, é sócia do Abi-Ackel Advogados Associados, uma das mais tradicionais bancas de Minas e lidera, direta e indiretamente, quase 500 profissionais em todo Brasil.

Ela diz que sempre os mostrou o valor pessoal do trabalho, mesmo com o ritmo acelerado da carreira.

“Nunca disse para os dois que precisava trabalhar para comprar isso ou aquilo. Sempre disse que o que fazia me trazia muito prazer e me realizava, assim como ser mãe deles. Por esse motivo, não enxergam o trabalho como algo excludente, mas, ao contrário, como algo que os envolve”, conta.

Rede de apoio para se dedicar a carreira

Contando com uma rede de apoio familiar essencial à construção da carreira, Loyanna destaca a importância em ter pessoas próximas que dão suporte e, sobretudo, viabilizam a continuidade da mulher no mercado de trabalho.

“Avós, tios, tias, amigos ou, quando necessário, e possível, funcionários: a ajuda deles faz toda diferença”.

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E o apoio também pode, e deve, de acordo com ela, se manifestar por meio de todas as mulheres.

“É importante ressaltar a diferença que podemos fazer na vida umas das outras quando nos incentivamos na busca pelo sonho profissional. Tão importante quanto mostrar nossas lutas, mais ainda são nossas conquistas, pois inúmeras mulheres ainda duvidam de si mesmas ao longo da carreira”, reflete.