Uma gestação na pandemia, Rafaela Malacarne teve o segundo filho em fevereiro deste ano. Ela conta que o cenário a deixou mais sensível em comparação à primeira gravidez
Mulheres são capazes de vencer os próprios medos para garantir a segurança e a felicidade dos filhos, com amor e educação.
Muitas de nós são expiração para outras mulheres que passam por situações parecidas.
Um exemplo de luta e superação é a chapecoense Rafaela Malacarne, de 24 anos. Ainda jovem, aos 19 anos, Rafaela enfrentou os desafios de ser mãe.
Superou as primeiras dificuldades no parto. Seu filho, Eduardo da Silva, nasceu com 2,330 quilos – abaixo do peso ideal.
“Tive complicações na gravidez em função do hipertireoidismo. Meu cordão umbilical secou e parou de fornecer nutrientes para o bebê. Mas em consequência do pouco líquido amniótico, entrou em sofrimento fetal agudo. Isso interferiu no crescimento e no desenvolvimento do feto”, relata.
Após seis meses, Rafaela divorciou-se. Para sustentar sua família, buscou oportunidade em um atacarejo – Fort Atacadista – e foi contratada na função de operadora de caixa.
No trabalho, em 2019, conheceu seu atual parceiro, o promotor de vendas Junior Silveira (30 anos). No ano seguinte, assumiram o relacionamento. Logo depois, veio a boa notícia. Eduardo esperava, ansioso, a chegada do irmão Valentim Malacarne Silveira.
::: Acompanhe a história de Lidiane, mãe e empreendedora
Os desafios da gestação na pandemia
O segundo filho de Rafaela nasceu em fevereiro de 2021, na pandemia.
Da gestação ao parto, ela revelou o medo de lidar com a gravidez de alto risco, principalmente em um momento delicado na área da saúde em todo o País.
“Redobramos os cuidados. Para precaver-me, fui afastada do trabalho ainda no terceiro mês. Seguimos todas as recomendações de prevenção da covid. Mas a minha maior preocupação foi o hipertireoidismo. No entanto, tive receio de que o Valentim também entrasse em sofrimento fetal agudo ou tivesse outras complicações. Felizmente deu tudo certo”, ressalta.
Ser mãe na pandemia é desafiador, diz Rafaela
“No início da gestação tive muitos enjoos, fiquei muito emotiva, diferente de quando ganhei o Eduardo. A recuperação da cesariana em casa também me deixou extremamente sensível. Por fim, ficamos em isolamento e cumprimos à risca”, conta a mãe.
No entanto, ela ainda lembra que: “Não recebemos visitas de familiares e amigos, mesmo com muita vontade de ser acolhida pelas pessoas queridas. Mas recebi apoio do meu marido e do meu filho. Minha mãe também esteve ao nosso lado sempre que pôde, ela é um símbolo de força e me inspira cada dia mais.”
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Apoio da família é importante
O próximo passo de Rafaela é compartilhar os ensinamentos da mãe, Rosemi Malacarne, para seus filhos.
“Minha infância foi regada de amor, apoio, muito colo e carinho. Quero ser ao Eduardo e ao Valetim pelo menos um pouco do que minha mãe foi para mim. Minha história representa muitas mulheres”, conta ela.
Rafaela conta que os desafios despertam ainda mais nossa força e ressignificam o aconchego de um abraço.
“Ser mãe é inexplicável, mesmo que eu tente, é muito difícil repassar meus sentimentos sobre essa experiência maravilhosa”, destaca.