Clarice é arquiteta, empresária e tem duas filhas, de 16 e 8 anos, e conta como criar um filho é uma lição diária
Essa antiga, porém, atual batalha: como lutar pela carreira e ser mãe – que também é um trabalho ser responsável pela formação dos filhos.
A famosa jornada dupla… Ah, como não sentir culpada por, às vezes, não se dedicar tanto a um como o outro?
A arquiteta Clarice de Abreu é dona do próprio negócio e mãe de duas meninas, uma adolescente de 16 anos e uma criança de 8.
::: Acompanhe a história de Clemilda Thomé: Lições da empresária que se reinventou e virou bilionária
No nascimento da primeira filha, ela teve que voltar ao trabalho apenas 10 dias após o parto.
“Senti culpa, como a maioria das mães, mas quando estávamos juntas meu tempo era 100% dedicado a ela, era rico, momentos saudáveis e acho que essas é a saída”, conta a arquiteta.
Antes, quando era cercada apenas de papeis de projetos, Clarice disse que se achava uma pessoa paciente, até o dia que também assumiu o papel de mãe.
“Depois da maternidade a gente potencializa alguns adjetivos. Paciência triplica o tamanho, a força aumenta, a persistência vai lá para cima, porque você precisa disso para ser mãe. É uma lição todo dia. Criar um filho é uma lição diária”, uma lição com várias habilidades que a empresária também levou para a vida profissional.
Rede de incentivo para criar um filho
Para Clarice, antes de ser boa mãe e boa empresária, a mulher tem que ser boa para ela mesma, estar bem e alinhada com o que acredita ser certo – independentemente do julgamento da sociedade.
“Se trabalhar te faz bem, trabalhe, assim você será uma boa mãe. Se a dedicação exclusiva à maternidade te faz bem, e tenha condições, faça isso. No entanto, a questão é você se sentir bem para poder ser boa mãe, boa profissional e para ser você mesma”, conclui a arquiteta em coro com a advogada.
Dado importante
As mulheres têm uma probabilidade 50% maior que os homens de dedicarem, pelo menos, três horas diárias às tarefas do lar e aos cuidados dos filhos, o que equivale a 20 horas por semana ― ou exatamente meia jornada de trabalho, segundo a análise feita pela consultoria McKinsey e a Fundação Lean In (EUA), em outubro passado.