Tany Aline Folle é professora, palestrante e estrategista de aprendizagem. Ela mostra como a determinação e a vontade de aprender fazem diferença na vida pessoal e também profissional
Ela realmente tem brilho no olhar. Com otimismo, foco e determinação, Tany Aline Folle realmente é uma mulher inspiradora.
A professora, palestrante e estrategista de aprendizagem também se define como: filha, mãe, esposa, irmã, empreendedora, atleta amadora, dona de casa, amiga, voluntária, catequista, reikiana e ainda mais algumas “posições-sujeito” que tem nessa vida.
Ela topou a entrevista com o “Minha Vida Magnólia” para compartilhar a história de superação, conquistas, vitórias, desejos, visão de futuro e sonhos.
Determinada a dividir seu conhecimento e também aprender ainda mais, Tany usa as redes sociais para ajudar pessoas a superar o medo de aprender inglês.
Também autora do e-book “Elimine suas Crenças Limitantes e Aprenda Inglês”.
Conheça mais dela no @tanyfolle e acompanhe a entrevista.
Quem é a Tany?
Sou uma mulher de 41 anos, que nasceu e cresceu em Chapecó, Santa Catarina. Sou Filha, mãe, esposa, irmã, profissional, professora, empreendedora, atleta amadora, dona de casa, amiga, voluntária, catequista, reikiana e mais algumas posições-sujeito que tenho nessa vida.
Mestre em Estudos Linguísticos, especialista em Metodologias de Ensino, em Ensino de Línguas e Língua Inglesa. Educadora, pesquisadora, autora, palestrante, mentora e estrategista de aprendizagem.
Sou filha de Antonio e Catarina, irmã da Taisa e da Tatiana. Esposa do Volnei, mãe do Luiz Antonio e do João Artur.
Eu decido ser feliz todos os dias, pois, desde o meu primeiro respiro, luto pela minha vida.
Sou a segunda filha viva, meus pais têm incompatibilidade sanguínea e nasci com algumas complicações. Passei anos tomando medicação e sinto o “cheirinho” do Calcigenol até hoje. Essas complicações fizeram com que muitas etapas da minha vida fossem “incubadas”.
Como a Tany cresceu e criou gosto por aprender?
Na adolescência passei dois anos com gesso nas pernas, mas nem isso me entristecia, até me divertia com as pessoas assinando o gesso. Isso apenas estimulava mais planos e sonhos.
Sempre fui apaixonada por papel, tesoura, cola, revistas para recortar. Hoje percebo que, minhas aprendizagens sempre foram intencionais. Sim, eu tinha a intenção de aprender.
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Aprendi a escrever meu nome aos quatro anos, pois, meu pai trabalhava em um supermercado aqui na minha cidade e na época havia as fichas (o famoso fiado) em que se anotava o que a pessoa comprava, para pagar depois.
Eu adorava Bubbaloo e para poder comprar tinha que assinar a tal ficha. Foi para já que aprendi a escrever meu nome. E sofri muito com o tal do “ípsilon”.
Tenho o hábito de ter agendas/diários desde os meus nove anos e sempre criei as capas das minhas agendas, dos meus diários (e faço isso até hoje).
Sou uma sonhadora executora, me via falando para muitas pessoas e sentia uma sensação muito boa. Sempre gostei de desafios e muitos deles eram estranhos, mas sempre aprendi com eles.
Como decidiu pela profissão?
Sempre fui apaixonada por estudar. Era aquela aluna que fazia mais do que a atividade que os professores solicitavam. Não era inteligente, mas sim, “planejativa” e muito esforçada. Sentia prazer em aprender e assim que aprendia algo, logo ensinava para alguém.
Minha relação com aprendizagem e línguas sempre estiveram conectadas. Por isso, insisto que, o autoconhecimento alinhado a outros fatores como: força de vontade, disposição, disciplina, automotivação, inteligência emocional, inteligência espiritual, foco, fé, possibilitam que sejamos capazes de chegar onde desejamos.
Qual é a parte boa do trabalho?
São inúmeras, dentre elas: ensino tanto quanto aprendo, contato com as pessoas, suas histórias de vida e a relação com aprendizagem.
Essa interação com o mundo a partir das múltiplas línguas e linguagens, viagens, intercâmbios e principalmente o fato de me permitir estar sempre aprendendo e ampliando meus horizontes.
Quais foram os maiores desafios na carreira e na vida?
Na carreira, o maior desafio “ainda” é o fato da romantização da profissão “professor” como vocação.
Eu entendo e defendo que para poder educar, instruir e possibilitar que as pessoas aprendam e sejam autônomas, é necessário que o educador acredite que elas são capazes. (Indicação de filme: Efeito Pigmaleão).
Na vida. Ah! A vida. Como acredito que tudo na vida se conecta e se encaixa, hoje entendo o que os meus pais “passaram comigo” em relação aos meus “problemas” de saúde.
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E hoje, enfrento com os nossos filhos, eles são fantásticos, mas cada dia é uma incógnita, pois, o mais velho é autista atípico e o mais novo apresentou epilepsia.
O que me fez estudar ainda mais, pois queria entender o que estava acontecendo, assim suavizar as nossas vidas e compartilhar os recursos com outras pessoas que passam pelas mesmas situações.
Qual foi o ponto de maior virada na sua vida?
Acredito que o maior ponto de virada na minha vida foi ter transformado todas as minhas dificuldades em força para seguir e realizar as minhas metas.
Entender que o não é sempre garantido, mas que se eu não fizesse algo, nada aconteceria.
E mais do que isso, compreender que a minha história pode contribuir na vida de outras pessoas, pois o papel de vítima é confortante, mas o de protagonista é libertador.
O que te inspira a viver?
Poder criar todos os dias, ter ideias e sentir as pernas tremerem de medo e ao mesmo tempo ser tomada por um misto de razão e emoção e realizar a ação, ver os resultados.
Ser capaz de contribuir na vida dos que eu amo e de todos os que eu for capaz de inspirar.
Possibilitar que olhem para as suas histórias, que ressignifiquem seus medos, traumas e que sintam que a aprendizagem está conectada à vida.
Importância da família e amigos?
Não me vejo sem ver a minha família, ou melhor, as minhas famílias. A família de casa me ajudou a moldar quem eu sou hoje.
O que vivi, o que não vivi e como me constitui enquanto pessoa, agradeço aos meus pais e irmãs. A família que constitui com meu esposo, que me possibilita ser a companheira e a mãe que eu quero ser.
Hoje, observo que me distanciei de algumas amigas, fiz novas e mantive poucas. Meu círculo de amizades é bastante heterogêneo e todas são importantes na minha vida.
Como surgiu a vontade de empreender?
Meu pai sempre trabalhou como vendedor e representante comercial. Quando completei 13 anos, ele decidiu empreender e montou uma pequena empresa.
Ele realizava as vendas externas, fazia as entregas e eu ficava sozinha na empresa (loucura, mas era o que se tinha para aquele momento).
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Gostava daquilo, de atender, de vender, de estar em contato com as pessoas, mas nos momentos que estava sozinha, eu me deliciava lendo, escrevendo, planejando e sonhando.
Que situação negativa contribuiu para a sua vida positivamente?
Acredito que todas as situações negativas nos ensinam muito. E também que tudo é uma questão de tempo e de interpretação.
Uma situação que me incomodava era o fato de que quando os meus pais desejavam falar de algo que não queriam que as filhas entendessem, eles se comunicavam usando o dialeto da língua italiana, o Talian.
Minhas irmãs e eu não entendíamos e me pegava pensando que precisava resolver aquela situação.
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Um dia, já adolescente, estava na escola e durante uma aula de inglês, pensei: Vou aprender Inglês, pois se eu aprender a falar em inglês, poderei falar e os meus pais não entenderão.
Mas, não foi um momento fácil e simples, visto que, há 30 anos, estudar Inglês era visto como chique e elitizado. Mas, entre a teimosia e a persistência, decidi que não só iria aprender inglês, como iria conhecer o mundo e ensinar milhares de pessoas a aprender a aprender Inglês.
Qual o maior desafio das mulheres empreendedoras?
Enquanto mulher acredito que sempre estamos nos cobrando a perfeição. Nos autojulgamos e queremos dar conta de tudo e de todos.
Acredito que o maior desafio é aceitar que somos responsáveis pelo nosso sucesso.
No meu caso, escolhi que independentemente da cobrança por ser a filha zelosa, uma esposa perfeita, das doenças dos meus filhos, a irmã aventureira, a amiga de prontidão, a faz-tudo, eu escolho honrar meu passado, viver o presente e planejar o futuro.
O que você diria para as mulheres que estão buscando um norte, um propósito e não sabem por onde começar?
Tenha metas definidas, confie em você, busque ajuda especializada, profissionais que já tenham passado pelo que você está passando.
Leia, estude, visualize o que você realmente quer e principalmente lembre que você é capaz de sonhar e de realizar seus sonhos.