Juliete dos Santos Vicente teve a ideia de investir em uma franquia. Hoje, ela comemora a decisão e é inspiração para outras mulheres
Passada a fase mais crítica do isolamento social por causa da pandemia do coronavírus, Juliete dos Santos Vicente, de 29 anos, estava disposta a empreender. A ideia era investir em uma franquia, para que ela pudesse contar com o suporte e com a padronização oferecida por este tipo de negócio.
Um dia, ouviu o influenciador e humorista Carlinhos Maia falando em um podcast sobre a The B-Burgers – rede de hamburguerias gourmet, com 400 lojas, da qual ele é sócio – e foi atrás para saber como se tornar uma franqueada.
Decidida de que era aquilo que queria, ela se cadastrou no site da marca e não demorou para receber um retorno e fechar o negócio, o que aconteceu cerca de um ano atrás.
Hoje, ela comanda a unidade franqueada de Mauá, na Região Metropolitana de São Paulo, e deverá inaugurar outras duas lojas.
Uma delas já está em obras, no São Bernardo Plaza Shopping, em São Bernardo do Campo (SP), e a outra já está comprada, mas ainda não teve o ponto definido.
Para administração das lojas, ela conta com o apoio do marido, “mas sou eu que estou à frente de tudo.’
“Quando decidi fechar negócio, primeiro fiz e depois contei para ele. A primeira loja fará um ano em janeiro, então agora já tenho experiência, tenho um gerente e consigo ficar mais na parte administrativa. Mas eu sei fazer de tudo dentro do restaurante”, afirma Juliete.
Juliete e o apoio da família
O marido, Thiago Vicente, de 36 anos, entrou como sócio nas lojas, mas tem outras atividades fora dali. Por isso, é Juliete quem fica responsável por tudo o que diz respeito sobre as franquias deles. Ela conta que, caso precise, consegue ficar na chapa, fritar batatas, montar os lanches e ficar no caixa.
“Eu posso dizer que as mulheres são muito fortes e capazes, a gente pode tudo. Às vezes pensamos que não, mas sempre acabamos dando conta. Foi assim quando pensava no meu futuro com a The B-Burger e eu dei conta, porque hoje sei administrar e em entendo toda a operação”, conta.
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Ela lembra que o mesmo aconteceu com a maternidade. “No primeiro filho, a gente fica com medo e depois vê que consegue fazer de tudo”, ressalta.
Além de empresária, Juliete é mãe de dois filhos, Maria Livia, de 5 anos, e Joaquim, de 2. E, antes de se tornar franqueada, ela trabalhou por anos como enfermeira.
Quando a primeira filha nasceu, decidiu que ficaria um tempo em casa, para ter mais tempo ao lado da pequena.
Depois disso, investiu em um estúdio de fotografia, do qual era proprietária e também fazia as fotos. Mas, com a pandemia, precisou fechar as portas. Foi quando decidiu que teria o próprio negócio.
Por mais que tenha o apoio e o suporte do marido, ela disse consegue dar conta de tudo.
“E acredito que as mulheres precisem ser mais valorizadas, porque – por mais que a gente esteja conseguindo aos poucos – ainda existe preconceito, essa coisa de pensarem que mulher é frágil. Nós somos tudo, menos frágil. Ser empreendedora também nos dá a oportunidade de termos nossa liberdade, nossa independência financeira e isso é muito bom”, finaliza.