
Lançamento da autora Marie-France Leger lembra por que amar a si mesmo é a única maneira de manter uma relação saudável
No mundo das relações aparentemente perfeitas, onde se encaixam aqueles que não conseguem ser gentis com o próprio coração?
Em “Blu, como a cor azul“, a escritora canadense Marie-France Leger apresenta um jovem casal cuja paixão é ameaçada pelos traumas do passado, o que torna a relação tão destrutiva quanto intensa. Nessa jornada de amadurecimento, a autora retrata a busca pela cura um no outro ─ até ambos entenderem que esse processo precisa vir de dentro.
Blu Henderson, a protagonista, é uma garota marcada por tragédias familiares, como o alcoolismo e morte do pai, e relações tóxicas, mas que quer assumir sua identidade no mundo e encontrar paz.
Ousada e carismática, ela usa um sorriso falso para vencer os desafios pelo caminho. Por outro lado, o quieto e introvertido Jace Boland tenta a todo custo provar o seu valor, enquanto lida com medos pessoais e enfrenta o fracasso em algo que amava fazer.
Nesse romance contemporâneo sobre o impacto da autossabotagem nas relações amorosas, Marie-France reforça a importância de saber gerenciar as emoções e de se permitir escolher a si em detrimento do outro.
Por meio de personagens complexos e emocionalmente quebrados, a autora convida o leitor a refletir sobre como episódios não superados na infância e adolescência afetam a vida adulta. Para isso, a trama mescla a trajetória do casal no passado e presente.
“Naquela noite, dormi na cama do meu pai. Queria sentir o que ele sentia todas as noites, acordando e odiando tanto a própria vida que se envenenava por dentro. (…) O quarto dele era escuro e triste, com vários tons de azul escuro em cada canto das paredes. Cortinas azul-marinho, lençóis índigos, tinta azul-abeto descascada. Azul era uma cor alegre? Eu já não sabia dizer”. (Blue, como a cor azul, p. 38)
Procurando a serenidade e proteção
Ao inserir a leitora em um universo de sentimentos conflitantes e dores profundas, Marie-France Leger aborda temas atuais, como depressão, transtorno de personalidade limítrofe e autoimagem corporal negativa, e reitera que os cuidados com a saúde mental são fundamentais para o indivíduo e suas relações.
Em busca de tudo o que a simbologia da cor azul representa ─ serenidade, proteção, confiança, paz e estabilidade ─, Blu e Jace trilham uma bela e imperfeita trajetória de superação. Juntos, eles lutarão para desconstruir um relacionamento tóxico.
Separados, devem encontrar no amor-próprio o alicerce para lidar com os desafios. Blu, como a cor azul é um lembrete de que feridas abertas não param de sangrar.
Ficha técnica
Título: Blu, como a cor azul
Autora: Marie-France Leger
Editora: Mood
Páginas: 352
Onde encontrar: Amazon
Marie-France partilha histórias com o mundo
Enquanto aprofunda os estudos em Communication and Media Studies student, na York University (Toronto, Canadá), a escritora canadense Marie-France Leger partilha histórias com o mundo.
Boa parte da sua obra é ficção realista inspirada em pessoas e acontecimentos, mas também aprecia fantasia e thrillers, ficção literária e, claro, romance. Fenômeno no tiktok, “Blu, como a cor azul” chega ao Brasil pelo selo Mood, do Grupo Ciranda Cultural.