O que você precisa saber sobre Medicina do Estilo de Vida

Medicina do Estilo de Vida está ganhando cada dia mais adeptos que querem envelhecer com saúde e qualidade de vida

Não há como driblar ou parar o envelhecimento. Entretanto, um estilo de vida saudável pode retardar os efeitos da degeneração celular e prevenir o surgimento de doenças e dificuldades típicas da terceira idade.

Esta é a razão pela qual uma nova geração de pacientes está buscando a Medicina do Estilo de Vida (MEV) para envelhecer com mais saúde e qualidade de vida.

A médica Livia Salomé, especialista em Medicina do Estilo de Vida (MEV) pelo American College of Lifestyle Medicine e vice-presidente da Regional Minas Gerais do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida (CBMEV), explica que esta especialidade está baseada no estilo de vida saudável para prevenir, combater e até mesmo reverter doenças crônicas.

“Essa abordagem tem como pilares a alimentação saudável com uma dieta baseada em plantas, atividade física regular, qualidade do sono, controle de tóxicos, saúde mental e relacionamentos ─ todos com embasamento científico”, explica.

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O objetivo da especialidade é criar uma relação em que o médico possa conhecer o paciente de forma profunda, desenvolvendo soluções estratégicas para o equilíbrio do corpo.

“Dessa forma, podemos dizer que o médico do estilo de vida vai além do prognóstico baseado em um diagnóstico de doenças já desenvolvidas”, esclarece a médica.

Medicina do estilo de vida e o envelhecimento saudável

Para a médica, o diferencial dessa especialidade é prevenir doenças e garantir que o envelhecimento impacte o menos possível por meio de estratégias de mudança de estilo de vida.

 “O paciente é o principal elemento deste processo. Inclusive, vemos que é possível mesmo a reversão de doenças crônicas até então tidas como incuráveis”, diz.

Diversos fatores determinam as condições de saúde durante a terceira idade. Entre eles, a integração da capacidade física e mental, a capacidade funcional, a independência e o suporte social.

“Tudo isso agrega valores e constrói espaços de cidadania, de forma ativa, saudável e humanizada”, reflete a médica Livia Salomé.

A especialidade leva em conta que, assim como o corpo muda com a idade, mudam também outras necessidades como, por exemplo, a alimentação.

Pessoas mais idosas tendem a comer menos, o que pode ser um desafio para alcançar a recomendação de ingestão dos nutrientes essenciais.

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Metade das pessoas idosas consome menos proteína do que a quantidade diária recomendada e até 92% têm baixos níveis de vitamina D no sangue.

“Cuidar da alimentação é fundamental em qualquer idade, mas para a terceira idade é crucial”, diz a especialista.

Envelhecimento saudável

Outro aspecto importante que contribui para o envelhecimento saudável é a prática frequente de atividade física, importante para a saúde em qualquer idade.

Porém, no caso dos idosos, aqueles que praticam exercícios são mais propensos a avaliar sua saúde como excelente.

Isto ocorre porque mexer o corpo significa melhora do humor, maior independência, interação social, menor risco de doenças e lesões por quedas e, consequentemente, mais bem-estar mental.

“Tanto a alimentação quanto os exercícios são relevantes para o controle de peso, ponto que merece atenção especial na terceira idade”, diz a médica.

Afirmando ainda que o excesso de peso pode bloquear o caminho de uma boa mobilidade e uma atitude positiva, por isso, é preciso estar atento.

Cuidar da mente

Segundo a especialista, cuidar da saúde mental também é importante para todos, principalmente para os interessados em ter um envelhecimento saudável.

A especialidade contempla este aspecto, de acordo com ela, também buscando ajustar questões como o convívio em família em atividades corriqueiras, como as refeições diárias, amigos e ter uma boa noite de sono.

“Tudo isso reduz o estresse e promove mais energia e otimismo, propiciando longevidade”, conclui a médica Livia Salomé.

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