Um grande passo para que o tratamento da menopausa seja feito SUS foi dado há poucos dias. O que isso significa para a saúde das mulheres? Conheça os detalhes desse importante avanço e seus impactos

Uma grande conquista marcou a quarta-feira (28 de fevereiro) na Comissão de Direitos Humanos (CDH), com a aprovação de um projeto de lei que propõe o tratamento do climatério e da menopausa pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O Projeto de Lei, apresentado pelo senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), busca assegurar o cuidado completo e compassivo à saúde das mulheres que atravessam o período do climatério, uma fase de transição que marca o fim da fertilidade e o início de novos desafios, afetando mulheres a partir dos 40 anos até os 65 anos.

A realidade do tratamento

Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 29 milhões de mulheres estão nessa jornada, representando aproximadamente 27,9% da população feminina.

No entanto, a realidade é que o tratamento hormonal, essencial para suavizar os sintomas, ainda não é amplamente acessível pelo sistema público de saúde. Enquanto inúmeras opções estão disponíveis no mercado, como hormônios injetáveis, adesivos e géis, o SUS oferece apenas um medicamento, incapaz de atender às necessidades de todas as mulheres.

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Os sintomas físicos e emocionais da menopausa e do climatério são impactantes, abalando a saúde e a qualidade de vida das mulheres.

Desde alterações de humor e ondas de calor até complicações mais sérias, como infecções recorrentes e riscos cardiovasculares, perda óssea e até demência, essas mulheres enfrentam uma verdadeira batalha. É, portanto, imperativo garantir o acesso a tratamentos abrangentes e eficazes.

Momentos para orientação e esclarecimentos

O projeto também prevê uma iniciativa tão inspiradora quanto necessária: a Semana Nacional de Conscientização para Mulheres na Menopausa ou em Climatério.

Planejada para ocorrer anualmente em março, essa semana tem como objetivo de promover palestras e campanhas, possibilitando que as mulheres compreendam melhor essa fase, busquem o apoio e a solidariedade que precisam.

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É um momento de unir esforços, envolvendo não apenas profissionais de saúde, mas toda a sociedade civil, para juntos enfrentarmos os desafios do diagnóstico e tratamento com empatia e compaixão.

A aprovação deste projeto na CDH é apenas o primeiro passo em direção a uma mudança real na saúde pública das mulheres. Agora, ele seguirá para análise na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde será decidido o destino desta importante causa.

Que esta seja uma história de sucesso e esperança, marcando um novo capítulo na luta por uma saúde feminina digna e respeitada.

Fonte: Agência Senado