A advogada, Aline Santin Morais, superou o câncer e fez desse processo, degraus para crescimento e hoje celebra dois aniversários: quando nasceu e quando venceu a doença
Resiliência significa a capacidade de se adaptar às mudanças, de superar desafios. No meio desse caminho, em alguns momentos deles tortuosos, está o crescimento.
Crescer é desenvolver, progredir e evoluir. Essas duas características fazem parte da vida da advogada Aline Santin Morais, 45 anos, a Ali como é chamada por amigos.
Como filha mais velha do Amilton e da Anete, noiva do Gustavo, “boadrasta” da Luisa é uma mulher independente que desde a adolescência trabalha e que possui a ligação com a família, que é seu alicerce.
Como ela mesma se descreve, “a Aline já atravessou alguns desafios com os quais descobriu uma força que nem ela mesma sabia que tinha. Ama o seu trabalho, pois é o meio que lhe propicia crescer e contribuir com a evolução de outras pessoas também”, afirma.
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Ela é a primeira, do núcleo familiar, a possuir formação superior e a consolidação na carreira profissional foi um dos desafios. Aline também enfrentou o câncer de intestino em fase avançada, em 2013, passando por cirurgias de retirada do tumor, parte do intestino, ovário, útero e apêndice, bolsa de colostomia, internações, quimioterapia, exames e reversão de colostomia.
“Foi um grande desafio, mas venci o câncer, tendo o privilégio de comemorar “dois aniversários por ano”, a data em que nasci e a data em que renasci”, enaltece.
Aline lembra que esse período a fez refletir de que não precisa fazer tudo sozinha, pois dependeu de várias pessoas para auxiliá-la.
“Uma frase que falaram no hospital e que foi a mola propulsora é que “Deus dá as grandes batalhas a seus melhores guerreiros”. Então, tomei isso no meu subconsciente e se eu sou uma grande guerreira eu vou enfrentar. Hoje, tudo o que enfrento lembro-me dessa frase”, recorda.
Um caminho de conquistas para Aline
Ela escolheu o Direito por causa do pai. “Vi meu pai, um pequeno empresário, gerir o o negócio sem assistência de advogado, tomando decisões corretas e outras, incorretas, que o levaram à bancarrota. Foram tempos difíceis, que fizeram surgir o anseio de me tornar advogada para tentar evitar que os outros empreendimentos tenham o mesmo destino da pequena empresa do meu pai”, explica.
A advogada trabalhava durante o dia, cursava a graduação na Universidade de Passo Fundo (UPF) à noite. Atuou como assistente de gabinete na Vara Criminal e foi indicada, por mérito, para compor o quadro de Juízes Leigos do JEC do TJ-RS.
Trabalhou com assessoria em Direito de Trânsito, docente no Senac e advogada conselheira do Conselho de Ética da OAB, Seccional do Rio Grande do Sul, Subseção de Carazinho. A profissional atua nas áreas do Direito Civil, Imobiliário com ênfase em condomínios, de Trânsito e Direito do Trabalho há 20 anos.
Atualmente é associada ao escritório de Advocacia Diehl e Weber Advogados Associada, sediada em Carazinho/ RS e parceria jurídica com o escritório Pillatti Advocacia Empresarial, de Chapecó.
Entrega de valor aos clientes
Para a advogada, o primeiro passo para quem está buscando um caminho a seguir é conhecer e descobrir se possui afinidade.
“Ninguém vai conseguir entregar “valor” em um serviço que presta ou em um produto que vende se não gostar do que faz. Descubra o que você gosta de fazer, estude e aprimore as suas habilidades o crescimento e o sucesso serão consequências, são métricas de sua dedicação”, enfatiza.
Ética, senso de Justiça, dedicação e atualização constante são os valores que norteiam o dia a dia da advogada. Mas, não pode faltar também coragem, criatividade e capacidade de driblar as adversidades que possam surgir. Para ela, a transição de carreira para a advocacia autônoma foi um momento desafiador.
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“Estava há muito tempo nos meus planos. Nunca me sentia preparada suficiente, as crenças limitantes me impediam, mas a vida acabou colocando a oportunidade na minha frente e a acabei ‘abraçando’, ou seja, como diz o ditado: ‘vai com medo, mas vai’ e eu fui”, reflete.
Ela comenta que “a advocacia é uma profissão apaixonante”, que exige muito, em especial, quando passa a ser autônomo.
“É muito importante aprender a conciliar tudo isso e encontrar um ponto de equilíbrio, organizar o seu dia, sua semana para ter um tempo para si, para cuidar da saúde da sua mente e de seu corpo, pois para atender outra pessoa, primeiramente precisamos estar bem, do contrário, não conseguimos dar o nosso melhor”, destaca Aline, que passou por vários desafios, venceu e hoje é exemplo de superação.