Exemplo de empreendedorismo. Conheça a história de quatro vovós que são pura inspiração e mostram como é possível usar a experiências em novos negócios

O estereótipo das vovós mudou. A figura com óculos, com os cabelos grisalho presos em um coque, sentada na cadeira de balanço enrola em um chalé floreado, ficou mesmo nas histórias.

O que vemos hoje são mulheres ativas, cuidando da saúde, viajando, consumindo, investindo e também empreendedor.

No Dia dos Avós, 26 de julho, trouxemos quatro histórias de vovós que são pura inspiração e dão exemplo de empreendedorismo.

Profissionais que usaram a sabedoria ─ e a experiência ─ para empreender e tocar um negócio próprio depois dos 50 anos.

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Como vó Sônia conquistou espaço ao fundar a Casa de Bolos

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Aos 76 anos, avó de oito netos, Sônia Ramos colhe os frutos de uma atitude empreendedora tomada em 2009, na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, quando fundou a Casa de Bolos, uma das maiores redes de franquias e pioneira no segmento de bolos caseiros.

Tudo começou quando Rafael, o filho caçula, perdeu o emprego e a família se viu obrigada a encontrar uma maneira urgente de complementar a renda para fechar as contas do mês.

A ideia de fazer os bolos caseiros e sair vendendo pela redondeza ganhou não só as ruas do centro de Ribeirão Preto, como também pessoas que passaram a encomendar as iguarias e fazer o “boca a boca”, a propaganda mais eficaz do mundo.

De bolo em bolo, o negócio prosperou e a combinação das talentosas mãos da vó Sônia e o desprendimento do filho levou a Casa de Bolos ao sucesso logo nos primeiros anos.

Desde 2011 na franchising, a rede conta até o momento com mais de 390 lojas espalhadas pelo País.

Aos 54 anos, Maria Santos aprendeu uma nova profissão e virou exemplo de empreendedorismo

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Aposentada e avó da pequena Gabriella, Maria do Amaro Silva Santos não imaginava que sua vida passaria por uma reviravolta aos 54 anos.

Foi o desejo do marido, Edson dos Santos, que fez tudo mudar. Ele já conhecia a Doctor Feet, rede especializada em podologia e venda de produtos ortopédicos, e resolveu abrir uma unidade da franquia em Uberlândia, Minas Gerais.

“Minha neta tinha menos de um ano na época e eu me dedicava a cuidar dela, pois minha filha é dentista e passa muito tempo no trabalho”, conta.

A loja abriu as portas em 2017 e, desde então, a presença de Maria no empreendimento foi cada vez mais solicitada.  Hoje, as manhãs são direcionadas à neta ─ que tem cinco anos e já frequenta escola ─ e as tardes, à loja.

“Sou eu quem fecha as portas da unidade todos os dias”, orgulha-se. E não para por aí: essa vovó ainda encontrou tempo para os estudos.

“A Doctor Feet me deu um motivo para voltar a estudar. Concluo este mês o curso de tecnólogo em podologia que durou três anos e meio”, comemora.    

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Com 73 anos, Maria Cecília Lora encara os desafios de empreender

A avó de quatro netos, Maria Cecília Lora, de 73 anos, está à frente desde 2018, com a filha, de uma franquia da Home Angels, rede de cuidadores de pessoas.

Cheia de disposição, revela que trabalhar muito não é problema.

“Nunca foi difícil para mim e, inclusive, hoje, aos meus 73, é meu combustível, meu propósito de vida”.

Independentemente da parte financeira, ela conta que enxerga o negócio como uma oportunidade para ajudar muita gente.

“Os assistidos, seus familiares e também dando emprego e treinamento a essa categoria de cuidadores tão pouco reconhecida. É esse meu modo de encarar os desafios, que não são poucos”, confidencia.

Maria Cecília também conta que toda esta disposição é percebida pelos netos.

“Os meus netos fazem referências a mim como uma pessoa que tem muita energia e pique. Eles não me veem como uma senhora, como uma idosa”.

Exemplo de empreendedorismo, ela ainda incentiva outras avós, que como ela, estão dispostas a empreender na melhor idade.

“Antes de sermos avós, somos pessoas e estamos aí para dar conta de muitas questões.”

Ela acredita que o importante é escolher um ramo de atuação compatível com a idade, porque a idade traz restrições físicas, sem dúvidas.

“Eu, por exemplo, não iria empreender aos 70 e poucos anos em alguma coisa que exigisse que eu tivesse que começar todos os meus dias às 8 horas da manhã, como aconteceu durante os 30 anos que atuei no mundo corporativo.”

Por isso, ela diz que optou pela Home Angels, que é um trabalho que me permite administrar o tempo de uma forma mais compatível com a minha condição.

Regina Jordão empreendeu por necessidade e hoje é referência

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Em 1996, a carioca Regina Jordão apostou num negócio que, a princípio, não parecia ser boa ideia: um instituto de depilação à cera na Cidade Maravilhosa.

De porta em porta e no boca a boca, ela convenceu muita mulher a conhecer sua cera exclusiva, que provoca menos dor e muito mais conforto.

Em seis meses e com mais de mil clientes cadastradas, o Pello Menos decolou e Regina começou a estruturar a segunda loja.

Hoje, Regina é exemplo de empreendedorismo. São mais de 45 e a executiva conta com ajuda da filha, Alessandra Jordão, de 38 anos, que é seu braço direito.

Ela lembra que a neta Valentina, de 11 anos, vai visitá-las com frequência na empresa.

“Quando fundei a empresa, a Alessandra tinha apenas 16 anos e foi a primeira a me apoiar, mas nunca imaginamos ter um negócio desse porte e ajudar no sustento de tantas famílias.

Hoje, a minha netinha é quem está pelos corredores com brilho nos olhos apoiando a mim e a mãe.

Atualmente, o Pello Menos está presente no Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo e oferece diversos tipos de depilação com cera e laser.