mulher morena sorrindo

Psicóloga analisa as formas de distração que estão em alta e ressalta ainda como procurar o verdadeiro bem-estar para conseguir rir sempre

Uma pesquisa na Universidade de Loma Linda, na Califórnia (EUA) afirma que o riso pode reduzir o risco de doenças cardíacas. As pessoas que riram mais durante o estudo tiveram o risco de problemas cardíacos reduzido significativamente.

Dar boas risadas pode ainda aumentar os níveis de colesterol bom no sangue, de acordo com o levantamento. Após um ano, o grupo que foi estimulado a gargalhar elevou os níveis de HDL, o bom colesterol, em até 26%. No grupo de controle o aumento foi de apenas 3%.

Diversas pesquisas também comprovam que quando uma pessoa ri, o organismo libera endorfina, um hormônio que age como um “analgésico natural” e leva a uma sensação de bem-estar e tranquilidade, favorecendo a circulação sanguínea, que pode até mesmo inibir o estresse. Com todos esses benefícios, a ação tem uma data própria.

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A psicóloga Daniela Dias Barros Schmidt (CRP 09/9992), que atende na clínica Care, em Goiânia, reforça esses estudos.

“O humor é importante e vai dizer muito dos nossos comportamentos, da forma como agimos no mundo. Rir é uma importante fonte de bem-estar”, destaca ela.

O último ano, porém, foi difícil para todos e afetou um pouco a questão. “Nesse processo de pandemia, o nosso humor ficou extremamente alterado. Por muitas vezes nós perdemos a capacidade de sorrir”, relata.

Novas formas de diversão

Nesse contexto, a especialista destaca a importância de buscar formas para se divertir e estimular o riso.

Novos aplicativos ganharam força nas redes sociais e acabam ajudando a amenizar um pouco o isolamento social imposto durante um bom período do ano.

“Essas plataformas passaram a ter também esse papel de servir de alavanca para essa dimensão do sorriso. São formas como as pessoas tentam encontrar para ter momentos de felicidade, de sorrir frente a todo um processo desgastante, doentio e pandêmico como nós estamos vivendo”, salienta.

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Contudo, a psicóloga ressalta que não se deve focar apenas nesses meios para se garantir o riso. “Essas diversões rápidas podem fazer parte também, mas como são voláteis é preciso buscar algo que seja mais consistente e persistente. Porque é uma felicidade momentânea e externa”, lembra

Para ela, “o mais importante seria nós buscarmos formas de ter uma felicidade autêntica, que vem de um movimento interno, de dentro para fora. Então, esses vídeos e outras formas, momentaneamente, de forma imediata, são interessantes, mas não para ser algo permanente.”

Ela lembra que rir é algo contagiante e que, para as pessoas estarem com ele sempre presente, precisam procurar seu bem-estar.

Sentido maior para a vida

“Devemos buscar um sentido maior de vida, o que meu trabalho vai me oferecer, minha família, meu lazer, a minha espiritualidade. E, também, pensar sobre o que isso tudo pode gerar de benefício para esse bem-estar”, analisa Daniela.

Daniela Dias lembra que esse é o caminho para manter o bom humor no cotidiano mesmo estando em casa, longe das baladas e das plataformas, e praticando o distanciamento social necessário nesse momento pandêmico.

“A minha dica é buscar um processo de autoconhecimento em terapias, meditação, ioga e outras formas para que a gente encontre meios de ter esses momentos de bem-estar que sejam mais permanentes e não apenas por cinco minutos em uma rede social ou programa de entretenimento”, revela.

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