Conectada as causas ambientais, Mara Ballan é gerente executiva da Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos e conta um pouco sobre trajetória dela.
Formada em Direito pela Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo e pós-graduada em Direito Ambiental pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Mara Ballan dedica sua vida e carreira às causas ambientais.
Ela realmente acredita na urgência da mudança cultural para preservação do planeta e define isso como essencial para o desenvolvimento humano.
“Sempre fui muito conectada com a questão ambiental, mesmo antes do tema aparecer de forma efetiva e profissional em minha vida”, diz a gerente executiva da Abree, em entrevista ao blog.
Mara está à frente das discussões governamentais para a implantação do Sistema de Logística Reversa para eletroeletrônicos no país. É uma missão muito importante e de extrema necessidade para o futuro ambiental do planeta.
Trajetória de Mara Ballam em causas ambientais
A paulistana Mara tem 20 anos de experiência em gestão nas áreas de Qualidade, Meio Ambiente, Saúde e Segurança Ocupacional, assim como no desenvolvimento de projetos nas áreas de Meio Ambiente e Sustentabilidade na indústria.
Além disso tem atuação significativa em frentes governamentais por meio das associações do setor eletroeletrônico e eletrodoméstico na área de Sustentabilidade.
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Mara criou e gerenciou área de Responsabilidade Social Corporativa da Sony, por 17 anos, especialmente em projetos sociais para Copa do Mundo no Brasil e com diferentes organizações como Unicef e WWF.
Ela também tem MBA em Sustentabilidade Especialização em Responsabilidade Social pela Fundação Getúlio Vargas.
“Minha formação é em Direito e fui me especializando na área ambiental e sustentabilidade na indústria de eletroeletrônicos. Com isso, participei ativamente da criação de dois pilares importantes da Sustentabilidade: ambiental e social”, destaca Mara.
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“Acredito que as mulheres devem se empoderar cada vez mais”
Em entrevista, Mara fala sobre sua trajetória e, sobretudo, a função da associação
A ABREE é hoje a maior associação na área de reciclagem. Como funciona?
A ABREE é mais antiga e representativa entidade gestora sem fins lucrativos. Fundada em 2011, a associação, é quem define e organiza o gerenciamento de resíduos sólidos, implementando sistemas coletivos de logística reversa. Atualmente, temos 44 associados, que são importadoras e fabricantes. Dessa forma, representamos 152 marcas do mercado.
Qual a sua função dentro dela?
Como gerente executiva da ABREE estou à frente das discussões governamentais para a implantação do Sistema de Logística Reversa para eletroeletrônicos no país.
Além disso, minha função é muito focada em criar planos estratégicos e planos de ação para todos os envolvidos nesse ecossistema junto à equipe da ABREE.
Por exemplo, varejo, assistências técnicas, consumidor final, recicladoras, empresas de logística e outros parceiros para junto aos associados da ABREE promovermos em larga escala a reciclagem de eletrodomésticos e eletroeletrônicos.
Sua trajetória profissional está ligada a sustentabilidade?
Sim. Participei desde o início da criação da área de Meio Ambiente da Sony e criei e gerenciei a área de Responsabilidade Social Corporativa da Sony, por 17 anos, especialmente em projetos sociais para Copa do Mundo no Brasil e com diferentes organizações como Unicef e WWF.
Minha formação é em Direito e fui me especializando na área ambiental e sustentabilidade na indústria de eletroeletrônicos. Portanto, participei ativamente da criação de dois pilares importantes da Sustentabilidade: ambiental e social.
Como esse interesse surgiu pelas causas ambientais?
O que me motiva é que faz parte de minha trajetória contribuir com a urgente mudança de cultura que se faz necessária para preservação do planeta, que é o nosso bem mais valioso e essencial para o desenvolvimento humano.
No entanto, sempre fui muito conectada com a questão ambiental, mesmo antes do tema aparecer de forma efetiva e profissional em minha vida.
O mercado está se abrindo para iniciativas femininas. Na sua área, qual o espaço que a mulher ocupa e o que poderia ser diferente?
As mulheres estão avançando cada vez mais quanto ao reconhecimento do mercado de trabalho, embora ainda seja muito recente a percepção da equidade de gênero no mundo corporativo.
Acredito que as mulheres devem se empoderar cada vez mais e continuar lutando por seu espaço e por equidade salarial, pois já demos um passo importante que é o avanço da percepção da importância da diversidade nas empresas, porém ainda há muita luta pela frente.
Na minha área há um número muito positivo de mulheres, mas ainda falta mais oportunidades em cargos de gestão, que é uma característica que, infelizmente, ainda permeia o mercado como um todo.