Mente gorda ou mente magra. Afinal, o que isso realmente significa? Especialista mostra o caminho para o emagrecimento saudável
Quem nunca usou a frase: “Tenho uma mente gorda, só penso em comida”. Geralmente, usamos para justificar porque comemos tanto ou muito rápido. Eu já usei muitas vezes.
As expressões “mente gorda mente magra” vêm ganhando espaço e fama popular como muleta ou desculpas para exageros.
Mas, afinal, o que isso realmente significa?
Em toda a dieta ou reeducação alimentar para atingir a meta de um corpo saudável ou chegar ao peso desejado, precisamos pensar como é ter o peso ideal. Muitas vezes, emagrecemos, mas não nos sentimos magras de verdade. Isso aconteceu comigo, eliminei 12 quilos mais ainda assim não me sentia magra.
Por isso, tantos profissionais ligados ao emagrecimento saudável batem na tecla da reeducação alimentar. Perder peso é fácil, difícil é manter. Isso sempre exigir responsabilidade e disciplina.
Lembrando que o nosso cérebro que comanda o nosso corpo, precisamos querer bancar uma mente magra.
Bruna Marisa, médica, especialista em emagrecimento, explica que um dos princípios da mente magra é a reprogramação mental.
“É entender como que, na infância, quais as informações que foram passadas a respeito do peso e da alimentação, ou seja, como é que os seus pais, os seus avós, encaravam todo esse processo”, destaca a especialista que é pós-graduada em medicina ortomolecular.
Ela completa dizendo que: O que era ser saudável para os seus pais e avós? A minha avó, por exemplo, falava que criança saudável era criança gorda”.
Bruna conta que por anos continuava se autossabotando porque o subconsciente entendia que ser gorda era o correto”.
“Eu precisava fazer alguma coisa para voltar para aquele correto”, lembra.
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O que é ter uma mente gorda?
Uma pergunta que muitas devem ser fazer é que a mente gorda é literalmente apenas pensam em comida o tempo todo?
A médica Bruna Marisa explica que é preciso observar algumas características, como por exemplo:
→ É não ter responsabilidade com o que se come, com a qualidade dos alimentos, com a rotina de horários adequados.
→ É comer segundo as suas emoções; come por estar feliz, come por estar triste, com raiva, ansiosa e assim por diante. Na hora de comer a razão nunca tem vez.
→ Ter uma visão errada de uma alimentação saudável e enxergar a prática de exercícios físicos como um fardo.
→ É não conhecer as potencialidades do próprio corpo. É não ter respeito por seus limites, portanto é não cuidar de si.
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Cuidado com autorrecompensa
A especialista diz que é preciso parar de com emoção, como uma forma de autorrecompensa pelos nossos sentimentos de frustração, tristeza, raiva, ansiedade.
“Somos displicentes com o que comemos, comemos a qualquer hora sem necessidade, basta uma oportunidade, um doce qualquer, um bombom na nossa mesa no escritório. Comemos no automático. Portanto, precisamos ser mais racionais com a nossa alimentação”, alerta Bruna Marisa.
E o que é ter uma mente magra?
Agora você deve estar pensando: mente magra seria apenas pensar em emagrecer?
A médica Bruna Marisa explica que ter a mente magra exige responsabilidade e uma postura positiva conforme as características abaixo:
→ É, em primeiro lugar, estar disposto a assumir a responsabilidade de buscar uma vida mais equilibrada ─ corpo, mente, emoções e pensamentos.
→ É buscar uma rotina saudável. É mudar, gradativamente, os maus hábitos por hábitos saudáveis.
→ Antes de tudo ser proativo e ter uma postura mais positiva diante de si e da vida. É cultivar bons pensamentos, sentimentos e atitudes.
→ Aproveitar as oportunidades, é ressignificar as pequenas coisas da vida, é valorizar cada momento. Por fim, é ser grato.
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Cuidado com as dietas
“Não existem receitas milagrosas, também não adianta começar uma dieta toda segunda-feira ou depois das festas de fim de ano”, alerta.
A médica enfatiza que sem uma honesta mudança de hábitos, sem uma reeducação alimentar adequada, sem uma reeducação mental que nos liberte de padrões de pensamento limitantes. Portanto, não há dieta milagrosa que possa resolver.
“A distância que você vai percorrer e até aonde você quer chegar vai depender do quanto você está disposto a mudar, para melhor”, diz a especialista.
No entanto, ela ressalta que magreza por si só não é sinal de saúde e buscar um corpo esteticamente perfeito a qualquer custo é o mesmo que buscar um ideal inalcançável.
“Até porque os padrões de beleza não são fixos, eles mudam, acompanham a moda. O princípio básico do qual não podemos nos esquecer é: o corpo só pode ser considerado perfeito se for um corpo saudável,” finaliza a autora do e-Book “Guia de Emagrecimento Definitivo e Duradouro”.
E você? Tem mente gorda ou mente magra?
